terça-feira, 26 de abril de 2011

Produção de Novas Variedades Genéticas (Ana Elisa, Francyelle, Marvin, Paola)


  O desenvolvimento de plantas e animais que incorporam gene de outra espécie, as denominadas plantas ou animais transgênicos, constitui o mais recente capítulo na história da seleção e do melhoramento genético de seres vivos para uso humano. Assim podemos observar as diversidades obtidas através destas mudanças genéticas.
  No momento em que o homem começou a praticar a agricultura ele deu início, na busca pela produtividade, a um processo de artificialização do ambiente que vem sendo, desde então, aprofundado e, tudo indica, levado ao seu limite. Quanto maior o grau de artificialização do ecossistema agrícola, mais difícil é mantê-lo e maior a quantidade de energia necessária para isso. Ou, dito de modo inverso, à medida que o homem foi podendo contar com fontes cada vez maiores e poderosas de energia ele foi impondo à agricultura um grau de artificialização cada vez maior.
O desenvolvimento das técnicas de engenharia genética são os resultados previsíveis dos avanços observados no campo da biologia (e outras áreas científicas próximas) neste século. A produção de plantas e animais transgênicos não surgiu por acaso. O homem vem misturando genes desde que começou a cruzar plantas e animais para produzir novas variedades. Se até os dias de hoje hão havia ainda misturado genes de espécies diferentes é porque não sabia como fazê-lo. A mistura de genes de espécies diferentes estava potencialmente presente desde o momento em que o homem começou a manipular as espécies e a natureza para satisfazer suas necessidades e desejos. Conscientemente ou não, o homem vem buscando os seres vivos transgênicos desde que começou a humanizar a terra.
A partir daí podemos ver Novas variedades como:
Genética cria espécies de cana-de-açúcar mais produtivas:

Diante do potencial sucroalcooleiro do País, especialistas estudam novos genes para aprimorar a produtividade da planta, obter mais sacarose, menor vulnerabilidade à seca e maior resistência a pragas. Segundo o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Eduardo Romano, o Brasil já conta com resultados preliminares de pesquisas e a tendência é que, nos próximos cinco anos, já possa comercializar variedades transgênicas de cana-de-açúcar. Algumas das características genéticas que serão incorporadas à planta, por meio desses projetos, visam principalmente, atender às demandas do cultivo de cana-de-açúcar na região Nordeste. "As variedades em desenvolvimento serão mais tolerantes à seca e mais resistentes à broca gigante (principal praga na região), o que garantirá maior produtividade".

Curiosidade: Milho é vegetal mais utilizado para pesquisas de Variedades genéticas
               A produção de milho é uma das mais difundidas entre as de alimentos transgênicos, em parte por que seu consumo é basicamente para ração animal, onde a resistência do consumidor é menor.   Algumas variedades não comerciais e selvagens de milho são cultivadas ou guardadas em bancos de germoplasma para adicionar diversidade genética durante processos de seleção de novas sementes para uso doméstico - inclusive milho transgênico.
A planta é especialmente resistente às principais doenças foliares do milho, em diferentes altitudes e épocas de plantio. Podem ser colhidas até duas safras de milho branco por ano,por isso ele é o  vegetal mais utilizado para pesquisas .
Exemplos de algumas variedades especiais é o caso do milho branco que Tem como principais finalidades a produção de canjica, grãos e silagem.

Melhoramento genético da oliveira - A obtenção de novas variedades

MANIPULAÇÃO:  As atuais variedades procedem de seleções fenotípicas de árvores individuais, realizada empiricamente pelos agricultores e depois mantida por procedimentos de propagação vegetativa.
O melhoramento genético da oliveira por cruzamento poderá e deverá ser um instrumento eficaz na obtenção de variedades com a especificidade conhecida e simultaneamente sem os problemas das actuais variedades, de que se destacam os problemas sanitários (susceptibilidade a pragas e doenças), o baixo nível de produtividade, a grande alternância, o baixo rendimento no lagar ou a dificuldade de colheita mecânica.
            O melhoramento genético da oliveira por cruzamento implica a regeneração da planta a partir da semente. Em condições naturais a germinação é lenta e progressiva podendo ser necessários 10 a 15 anos para se obterem novas oliveiras a produzir azeitona. O desenvolvimento de novos procedimentos experimentais para a obtenção das plântulas foi a alavanca para os novos Programas de Melhoramento Genético iniciados em diferentes países e que já levaram à obtenção de novas variedades em  Israel, em Espanha e em Itália.
Plantas deu-se início em 2002 a um Programa de Melhoramento Genético por cruzamento da variedade ‘Galega vulgar’ procurando encontrar descendentes sem alguns dos problemas agronómicos mas simultaneamente preservando a elevada qualidade do seu azeite. Na Figura 1 apresentamos o procedimento experimental de obtenção de oliveiras a partir de sementes, que permitiu nomeadamente a Santos Antunes(1999), registar floração em oliveiras procedentes de semente com apenas 28 meses de idade.
            A semente é extraída após ruptura mecânica do endocarpo, sendo os danos irrisórios. Posteriormente, as sementes são submetidas a uma estratificação num ambiente com humidade relativa próxima da saturação e a uma temperatura favorável. A germinação ocorre ao fim de 30 a 45 dias e taxa de sucesso é superior a 75%.
            As sementes germinadas são transplantadas a contentores de plástico com substrato orgânico e ao fim de um mês são colocadas em crescimento forçado ap´ss  o que são transferidas para resultados.

GENÉTICA DE UVAS:

Cientistas de várias instituições tentam desenvolver novas variedades de uvas que sejam imunes a infecções, seja por meio de cruzamentos com espécies resistentes ou manipulação genética.

As técnicas convencionais de cruzamento, entretanto, têm custo elevado e dão muito trabalho. As novas plantas demoram entre três e quatro anos para dar frutos. E só então o vinho pode ser produzido, provado e avaliado para que os vinicultores decidam se o produto é viável.

A equipe de especialistas mapeou os genomas de mais de mil amostras de uvas, associando os "marcadores" genéticos (sequências de DNA) a traços como acidez, quantidade de açúcar ou resistência a doenças.

"Se você conhece os marcadores genéticos associados a essas características, pode plantar mudas, analisar seus DNAs assim que obtiver o primeiro fragmento de folha e dizer, por exemplo: vamos manter esses cinco porque sabemos que seus perfis genéticos estão associados aos traços em que estamos interessados", explica Myles. "Isso economiza uma quantidade imensa de tempo e dinheiro."

"Você precisa ter dados de genomas de muitas plantas individuais", acrescenta. "E como isso está ficando cada vez mais barato, comparado ao método que usamos, é possível fazer a mesma coisa cem vezes mais em conta."

Embora fatores comerciais tendam a fazer da produção de vinhos uma profissão conservadora, ele diz que a mudança precisa acontecer. "Não podemos apenas seguir usando as mesmas variedades de cultivo nos próximos mil anos."

A boa notícia é que mais experimentação deve, em princípio, resultar em uma variedade maior de vinhos.


Novas variedades de arroz :serão apresentadas a agricultores do Vale Araguaia

            A reunião dos produtores e técnicos tem como objetivo demonstrar as qualidades agronômicas e culinárias das novas linhagens do arroz irrigado. Além de oferecer aos produtores a oportunidade de opinar e avaliar o desempenho de linhagens “elite”, com qualidade de grãos, alto potencial produtivo e menor susceptibilidade a doenças. Na reunião, o público também será orientado sobre a qualidade de grãos, metodologia de avaliação e apresentação do Programa de Melhoramento. O evento será encerrado com a visita dos produtores a área de plantio irrigado.


RUBRICA TECNOLÓGICA DE HORTICULTURA: PRODUÇÃO DE SEMENTES


A produção de sementes é um processo com diversas fases, que incluem a pesquisa, o melhoramento, a produção, a certificação, a manutenção depois da colheita e, se as sementes se destinarem à venda, a comercialização. Para a maioria dos horticultores, as sementes que se vendem no comércio não estão ao seu alcance, devido ao seu preço ou à dificuldade em encontrá--las. Assim, para muitas famílias rurais, é importante poder multiplicar e guardar as sementes.


IMPORTÂNCIA DA PRODUÇÃO DE SEMENTES NA COMUNIDADE E CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS GENÉTICOS


A erosão genética é a perda da diversidade genética das culturas. A principal causa deste fenómeno, segundo diversos países em todo mundo, é a substituição das variedades locais por variedades e espécies "melhoradas", que são introduzidas. Como cada vez mais agricultores utilizam novas variedades comerciais, é possível que o número global de variedades se tenha reduzido.
Em África, a principal causa da erosão genética está na destruição das florestas e dos matos em prol da agricultura comercial de grande escala, para conseguir pastagens para gado e para obter lenha. Para travar este processo, diversos países africanos têm desenvolvido programas nacionais de conservação dos recursos genéticos vegetais que, na sua maior parte, apoiam os esforços de conservação das explorações. Na Etiópia, por exemplo, os agricultores e os «melhoradores» de plantas trabalham em conjunto para recuperarem as variedades vegetais, como por exemplo as que se perderam durante a seca dos anos 80.
Por razões de gosto, de qualidade das preparações culinárias ou ainda de facilidade de armazenagem, muitas famílias e comunidades rurais africanas continuam a cultivar e a conservar as variedades locais como o fizeram durante séculos. Graças à sua produção e à selecção das sementes, estas famílias têm contribuído substancialmente para manter a diversidade genética e para impedir o desaparecimento de algumas variedades de culturas tradicionais. Em ambientes particularmente expostos a riscos, certos agricultores ultrapassaram as dificuldades ligadas ao meio ambiente, como por exemplo as doenças e a rudeza do clima, cultivando misturas de variedades de culturas diversas no plano genético.
As hortas em geral desempenham um papel precioso no que se refere à conservação das variedades tradicionais. Como, frequentemente, as mulheres são as responsáveis pela horta e pela preparação das refeições familiares, elas desempenham um papel muito importante na escolha das culturas hortícolas. Os horticultores podem desempenhar um papel ainda maior na conservação das sementes de algumas das espécies locais silvestres, ou semi-domesticadas, como por exemplo legumes e frutos de menor importância ou espécies vegetais pouco utilizadas, que podem não fazer parte dos programas nacionais de conservação e melhoramento de sementes. Aliás, eles têm todo o interesse em fazê-lo, porque a produção e a venda de sementes de variedades hortícolas locais ou introduzidas podem ser muito rentáveis sempre que existir escoamento comercial.


SELEÇÃO DAS SEMENTES


Ao produzir sementes, o horticultor deve ter em conta que: as sementes devem ter origem unicamente em plantas saudáveis e vigorosas; as plantas destinadas à produção de sementes devem ser marcadas e observadas du-rante todo o seu período de crescimento; nenhuma semente deve ter origem em plantas doentes ou infectadas; as plantas que não forem adequadas para esse fim devem ser retiradas e consumidas pela família; se for necessária uma grande quantidade de sementes deve-se reservar uma parcela exclusivamente para a sua produção, afastada de outra cultura semelhante; a troca de sementes de boa qualidade entre os horticultores facilita a melhoria dos stocks de sementes ao longo dos anos, sendo por isso altamente recomendada.
A produção local de sementes de cucurbitáceas, de malaguetas e de feijão é muito importante. Não só porque são plantas alimentares importantes em África, mas também porque são especialmente apreciadas pela sua cor e pelo seu sabor.


COLHEITA E TRATAMENTO DAS SEMENTES


As sementes são colhidas e tratadas do modo que se segue:
Deixar fermentar os frutos até que as sementes possam separar-se da polpa. Em algumas variedades de frutos, pode-se retirar e consumir a polpa e utilizar o caroço como semente, logo que estiver bem seco.
Secar à sombra as sementes depois de colhidas. Para evitar contaminações por doenças transmitidas através do solo, não se devem colocar directamente sobre o solo. Uma vez secas, as sementes devem ser limpas de toda a matéria estranha, antes de serem armazenadas.
Algumas sementes formadas em vagens devem deixar-se secar na planta. Quando as sementes estiverem bem secas, as vagens retiram-se da planta. Se as vagens forem colhidas muito cedo é preciso secá-las bem antes de as armazenar.

ARMAZENAGEM DAS SEMENTES

As sementes devem ser conservadas num lugar fresco e seco, de preferência em recipientes fechados (por exemplo, sacos de plástico ou potes de barro fechados hermeticamente). Geralmente o teor de humidade deve ser mantido baixo, especialmente se as temperaturas forem altas. Os especialistas podem aconselhar os horticultores sobre a viabilidade dos diferentes tipos de sementes.

CONCLUSÃO:

            O surgimento de diversas técnicas complementares ao melhoramento de plantas no Século XX tem trazido várias lições. A primeira delas foi que nenhuma tecnologia por si só pode substituir a prática do melhoramento de plantas. Isso decorre de vários fatores.
            Novas tecnologias podem auxiliar na criação de variabilidade e/ou seleção de genótipos superiores, mas a avaliação a campo de materiais superiores ainda é uma etapa fundamental enquanto, a agricultura for praticada como tem sido feito até hoje. Outra lição é de que o emprego de qualquer nova tecnologia raramente é de uso indiscriminado para todas as espécies vegetais, assim, enquanto as mutações induzidas, ainda hoje, têm grande impacto no melhoramento de espécies vegetativas, como as plantas ornamentais, certamente tiveram um impacto além do esperado para os cereais.
Acredita-se que a expectativa gerada em torno do uso de novas técnicas e o impulso de aplicá-las indiscriminadamente a qualquer espécie vegetal têm sido os fatores principais do desapontamento e posterior ceticismo dos melhoristas.
            Os principais métodos para o desenvolvimento de novas variedades também serão aqueles que utilizam a hibridação. Dois dos seus objetivos: serão diminuir o tempo para obtenção de novas variedades e expandir o conjunto gênico disponível para cada programa de melhoramento. Em que espécies ela terá maior impacto e como o seu emprego se justificará no dia-a-dia do melhoramento serão perguntas a serem respondidas com o próprio tempo.

Em Estudos:

'Science' aponta estudos sobre a variedade genética humana como o avanço científico do ano de 2007

            Os grandes progressos para aprofundar o conhecimento da variedade genética do homem foram apontados pela revista "Science" como o acontecimento de 2007. Em uma série sobre os avanços da ciência, a publicação indica que os pesquisadores ficaram deslumbrados com as diferenças no genoma de humanos.
            A partir do seqüenciamento do genoma humano, os cientistas começaram a chegar a variações mínimas chamadas polimorfismos nucleótidos únicos. Essas variações foram a chave para comparar o DNA de milhares de indivíduos com ou sem uma doença, além de determinar quais variantes genéticas poderiam determinar a tendência a uma patologia.
            Os avanços sobre a variedade genética deixaram em segundo lugar o anúncio de que já existe tecnologia para reprograma as células. Cientistas japoneses e americanos revelaram em junho que haviam criado "células-tronco pluripotentes induzidas" a partir da pele de camundongos.
            De acordo com este estudo, as células poderiam ser utilizadas para produzir qualquer outro tipo de célula. Incluindo óvulos e esperma. Assim, elas demonstraram que têm as mesmas capacidades das células-tronco embrionárias.
Três meses depois, cientistas anunciaram em outra pesquisa que haviam criado este tipo de células a partir de células da pele humana. "Esta pesquisa pode alterar a ciência e a política na pesquisa das células-tronco", afirma a revista.




Fontes: Vários sites da internet

     noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2011/...

dentre outros...

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